quinta-feira, 1 de julho de 2010

MEDIUNIDADE SOBRE A VISÃO DA BIBLIA....

Certa vez num debate religioso pela TV, cujo tema era a mediunidade - consulta aos mortos, o pastor ali citou o Mandamento Bìblico:


"Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos" (Deuteronômio 18.10-11).



O termo "necromantes" vem do grego, "necros" (νεκρός = morto, defunto), dai "necromantes": "Consultor de mortos". Mas o espírita retrucou que eles ensinam este Texto Bíblico declarando que...



"Se Deus proibiu é porque é possível fazê-lo: falar com falecidos".



Note bem! Jesus ensinou-nos à orar:



"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu" (Mateus 6.9-10).



No céu não há desobediências, mas obediência absoluta! Deste modo é do projeto de Deus que o mesmo será estabelecido nesta terra, assim como é no céu. Consoante à isto, todos espíritos de nossos ente queridos que foram para o Paraíso de Deus, não poderiam, se fosse possível, desobedecer um Mandamento que Deus dêra aos homens! Se ele não ô fez quando neste mundo muito mais agora estando em uma dimensão espiritual muito mais elevada em santidade e justiça!

Assim sendo, fica explícito que se fosse possível, mesmo assim, haver a mediunidade, o espírito falecido não estaria no Paraiso de Deus onde é feita toda a Vontade de Deus, mas no inferno.

Note bem! Nesta vida, não importa qual o gráu de parentesco com nós, não suportamos a mentira, seja da parte de quem for! Agora, suportaríamos da mesma pessoa estando ela no inferno de sofrimento e dizendo: Estou bem?!

Se foi para o céu vive toda a Vontade de Deus, mesmo que lá não haja oportunidades para cometer pecados quais nos aspectos que se cometem na terra. Entretanto, tal obediência plena à Vontade de Deus envolve concordar plenamente com os Seus Mandamentos dados aos homens nesta terra. De maneira que, jamais pecaria, se fosse possível, aparecendo em sessões espíritas na prática da mediunidade.

Se foi para o inferno, também não aparece em sessões espíritas, e se fosse possível, estaria se manifestando no seu estado de trevas, e energizado por Satanás e influenciado por demônios, visto que, nesta área o espírito que opera nos decaídos é o espírito do engano (Efésios 2.1-3).

Alguém poderia supor aqui uma sutileza dizendo que...



"...já que é assim, ao consultar o meu ente querido, se ele se manifestar terei certeza de que, então, está no inferno!"



Com toda a certeza, se alguém se deparasse com esta situação ela estaria seriamente propensa à aceitar a Revelação Bíblica de que não é possível haver comunicação de mortos com vivos, porque o amor pelo ente querido levaria tal pessoa à aceitar o fato de que um demônio lhe falou para confundí-la e não o seu ente querido!



Saul e a Feiticeira (Médium) de en-Dor (1Samuel 28).



Muitos espíritas gostam de citar o Texto acima para defesas de suas práticas mediúnicas.

O profeta Samuel já era morto, bem como Saul também já havia expulsado os médiuns e espíritas das Terras de Israel (28.3). Sendo o profeta Samuel muito proeminente em Israel, todos os médiuns e espíritas ô conheciam, pelo menos de informações. Alguns homens de Deus se destacaram pelo seu modo de vestir. Assim o profeta Elias (2Reis 1.7-8), João Batista (Mateus 3.4), e o profeta Samuel (1Samuel 28.14; confere 15.27), o que proporciounou a feiticeira simular uma descrição de Samuel em sua sessão espírita. Por outro lado, a feiticeira de En-Dor estava bem à par dos acontecimentos (28.16-18).

A pessoa de Saul também é importante aqui. Ele era o homem mais alto em Israel (1Samuiel 10.23). De modo que, mesmo disfarçado a feiticeira ô identificou. Outro fato que ajudou ela na identificação de Saul foi o servo deste que ô levou até ela. Quando Saul manifestou o desejo de consultar uma médium, os servos dele logo lhe indicaram uma, provavelmente, sendo familiarizados (conhecidos) mutualmente; de modo que a presença dos "famosos" servos do rei Saul com aquela figura "grotesca" disfarçada não foram dificuldades para a médium cogitar do fato de estar diante do terrível rei Saul. É por isso as suas evassivas e o cuidado em garantir-lhe a segurança da própria vida (28.8-10).

Note que não se diz que samuel apareceu naquela sessão espírita para Saul, mas que depois de informada sobre quem deveria aparecer dentre os mortos, Samuel, e a mulher à par das características do falecido profeta, encena uma "visagem" e grita, vindo descrever sua suposta visão. O simulacro foi de tal ponto que o próprio Saul concluiu que se tratava realmente do profeta Samuel. Saul não viu Samuel, mas ele "entendeu" que era Samuel (28.14).

Quando a mulher desmascara Saul ela pretendia transmitir-lhe um aspecto de ambiente envolvido pela verdade, pela revelação; ou seja, neste momento tudo se descortina. "Você é Saul" (28.12). Ela já sabia disso, logo que ô viu. Assim, diante da suposta lucidez, Saul se desmancha.

O profeta Samuel, zeloso da Lei de Deus, e certamente o grande mentor na atitude do rei Saul anteriormente em expulsar os médiuns e adIvinhos das Terras de Israel, não iria agora, envolto pela glória celestial, aparecer numa abominável sessão espírita! Tudo ali era uma fraude, abominação e desobediência aos Mandamentos de Deus. O próprio rei Saul deveria morrer por sua atitude (Levítico 19.6,27; 20.6). Por causa de seus pecados, Deus se afastou dele de tal maneira que o próprio profeta Samuel não mais quiz vêr ou falar com Saul (1Samuel 15.35). Consequentemente, o Senhor já não respondia à Saul. Este consultava à Deus, mas o Senhor não lhe respondia nem em sonhos, nem por Urim e nem por profeta (28.6).

(Urim e Tumim, diante de muitas incertezas, alguns acreditam que se tratava de duas pedras significando "sim" e "não", colocadas no bolso da roupa sacerdotal, e que eram sorteadas ali, e conforme a pedra "bingada" o homem de Deus completava com um Oráculo do Senhor. Confere Êxodo 28.30; Números 27.21; Deuteronômio 38.8; 1Samuel 23.6-13; Esdras 2.63).

O Senhor falava através de sonhos, Urim e Tumim, e através dos profetas, como falára através do profeta Samuel. Entretanto, o Texto é taxativo: O Senhor não respondeu ao rei Saul de modo algum. Assim, se Samuel tivesse aparecido naquela sessão espírita seria o Senhor respondendo ao rei Saul. Porém, a própria Palavra de Deus declara que...



"Assim morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar. E não buscou ao SENHOR, que por isso o matou, e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé" (1Crônicas 10.13-14).



Saul não consultou o Senhor, mas uma feiticeira; quem lhe falou não foi o Senhor, mas a feiticeira; quem lhe apareceu não foi o profeta Samuel por meio de quem o Senhor falou em vida daquele, mas o engodo da médium.

Também, nota-se a precariedade profética do suposto Samuel! A Bíblia declara:



"Quando o profeta falar em nome do SENHOR, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele" (Deuteronômio 18.22).



Conquanto, a feiticeira, passando-se por Samuel, disse que no dia seguinte, "amanhã", estariam mortos Saul e seus filhos (28.19); entretanto, passaram-se alguns dias sem que a morte de Saul e de seus filhos tenha se dado (29.10; 30.1,17).

Diante de todas as fraudes ali reveladas, é uma insensatêz contínua alguém, da mediunidade, querer se agarrar à expressão "Vendo, pois, a mulher a Samuel, gritou com alta voz" (28.12). Dois fatos devem ser observados aqui: Primeiro, estando Saul somente com seus servos, igualmente desobedientes e possivelmente frequentadores daquelas sessões espíritas, foram os únicos que puderam, mais tarde, narrar o fato conforme suas próprias crendices, e, Segundo, o historiador Bíblico, Inspirado por Deus, não discriminou os acontecimentos, mas narrou a história como se deu até no entendiomento das testemunhas oculares. O desvendamento real dos fatos fica para o intérprete da Palavra de Deus iluminado pelo Espírito Santo.

Concluindo:

A mediunidade é uma fraude e o que aparece naquelas sessões são espíritos demoníacos que acompanham as pessoas em vida e assim estão àptos a dizerem segredos entre duas pessoas surpreendendo os que procuram a mediunidade.

O fato do Texto citar que Samuel falou com Saul, trata-se da ventriloquia ou qualidade de ventríloquo.



"Diz-se do indivíduo que sabe falar sem mover a boca e modificando de tal maneira a voz, que esta parece sair do ventre" (Definição de um Dicionário).



Às vezes aparece artistas segurando um boneco "que fala", respondendo as perguntas do artista. E as crianças ficam admiradas como se o boneco tivesse vida própria. Conquanto, é o próprio artista que faz as duas vozes. Isto é ventriloquia. Isto foi o que a feiticeira de En-Dor fez enganando Saul e seus servos.



"Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos? Å lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles. E passarão pela terra duramente oprimidos e famintos; e será que, tendo fome, e enfurecendo-se, então amaldiçoarão ao seu rei e ao seu Deus, olhando para cima. E, olhando para a terra, eis que haverá angústia e escuridão, e sombras de ansiedade, e serão empurrados para as trevas" (Isaías 8.19-22).

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