sexta-feira, 18 de junho de 2010

ATIRE A PRIMEIRA PEDRA

ATIRE A PRIMEIRA PEDRA
O capítulo 8 do Evangelho de João narra que Jesus foi para o monte das Oliveiras, e, pela manhã cedo, voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com Ele, e, assentando-se, os ensinava.

E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério. E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando, e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?

Isso diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.

Quando ouviram isso, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficaram sós Jesus e a mulher, que estava no meio. E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão àqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais.

É majestosa a mensagem do Senhor Jesus. Avaliem que os escribas e fariseus o abordaram com presunção, amparados pela Lei do Antigo Testamento tentando deixá-lo em situação embaraçosa. E, Jesus nascido sob a Lei, com o compromisso de cumprir a Lei (Gálatas 4.4) não poderia confrontar nem tão pouco se conformar com a Lei, porque Jesus é amor.

Porem, revestido de autoridade e sabedoria do ALTO, o Senhor os surpreendeu, e mandou que atirasse a primeira pedra aquele que estivesse isento de pecado. É importante observar nas sábias palavras de Jesus, o qual mandou que a apedrejasse, mas aquele que não tivesse pecado. Aquele que fosse íntegro, puro, santificado, e, não somente os que não possuíssem o pecado de adultério.

Os escribas e fariseus, religiosos, intransigentes cumpridores da Lei e representavam a sua integridade, e, poderia ser que não devessem o pecado de adultério, no entanto, estavam sobrecarregados de outros pecados, porque a palavra diz que aquele que disser que não tem pecado é mentiroso. Por isso saíram um a um e deixaram a mulher só, diante do Mestre. Mas Jesus, o único que não conheceu o pecado, não apedrejou a pecadora, mas perdoou-a.

Agora vamos trazer a palavra do Senhor Jesus para nós, que muitas vezes julgamos atos pecaminosos do irmão, por ter praticado pecado que não praticamos, no entanto, estamos contaminados por outros pecados.

E o Senhor Jesus nos admoesta dizendo: Não julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes sereis julgados.

Outro detalhe interessante nesta passagem bíblica é imaginar um quadro de terror, transformado em bonança pela magnífica presença do Senhor Jesus. A mulher que seria apedrejada até a morte, alcançou misericórdia pelo seu arrependimento, e os seus executores que interpelaram a Jesus com arrogância, retornaram cabisbaixos, envergonhados, porque julgavam-se justos, mas Jesus disse que não veio para os justos, mas veio buscar e salvar aquele que estava perdido. Porque Jesus é a paz, a plenitude, a reconciliação, e em nenhum outro há salvação.

É confortável dizermos que já estamos salvos depois que recebemos o Senhor Jesus como nosso salvador, e sair por aí julgando o pecado do próximo, mas precisamos ter cuidado com isso, porque o Apóstolo Paulo, homem escolhido para o ministério e ungido por Deus, nos deixou o exemplo de sabedoria e humildade, dizendo:

A mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo. Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor.

Portanto, nada julgueis, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor.

E a palavra do Senhor ainda exorta e relata: És indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem.

Quem és tu que julgas o servo alheio? Mas tu, por que julgas teu irmão? Porque desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes, seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.

E não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz. Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem? (Tiago 4:11 e 12).

É indispensável relembrarmos a palavra do Senhor Jesus, o qual perdoou a mulher pecadora, mas recomendou: vai-te e não peques mais.

A advertência do Senhor não deixa dúvida, a condição para herdarmos a eternidade é o arrependimento, a conversão, o nascer de novo, ser uma nova criatura lavada e reconciliada pelo seu sangue, e não voltar a prática do pecado, porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados.

Assim disse o Senhor: O justo viverá pela fé; mas, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.

Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma (Hebreus 10.26, 38, 39).

Deus seja eternamente louvado.

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