quarta-feira, 30 de junho de 2010

Como derrotar nossos inimigos

Aos doze anos o príncipe Luidwig, assumiu o trono da França. No decorrer da sua juventude, era a sua mãe que governava a nação. Muitos inimigos do príncipe tentaram roubar-lhe o trono, todavia, a sua mãe derrotava a todos. Quando enfim o jovem assumiu o poder, todos os seus opositores, os quais tentaram tirar-lhe o trono, com grande medo fugiram da França para outro país, pois ouviram boatos que o príncipe havia feito uma lista com os nomes de todos eles, e depois de cada um pôs um sinal da cruz.



Quando Luidwig soube o motivo da fuga de seus inimigos, enviou mensagens a todos eles, pedindo que voltassem, pois explicou: “O sinal da cruz que fiz depois de vossos nomes, é para lembrar-me de que devo perdoar aos meus inimigos, pois a cruz lembra o meu Salvador que também me perdoou”.



Em seu livro "Perdão: Encarnação da Graça", o pastor Caio Fábio conta o caso de um homem cristão chamado Wladimir Tomarevisk, que perdeu tragicamente sua mulher e filha, por assaltantes numa fila de banco. Dos cinco ladrões, quatro foram mortos pela polícia, restando apenas um.



Numa entrevista feita pelo pastor Caio, num programa de televisão, Wladimir mandou um recado para o bandido: "Se você estiver me vendo, se estiver me ouvindo, onde você estiver, quero dizer de coração, sem nenhuma mágoa, sem nenhum ressentimento, que eu amo você em nome de Jesus, que eu quero ser seu irmão. Ouça-me: eu não tenho mágoas. Doeu, ficou uma saudade imensa, mas eu quero oferecer perdão a você".

O reverendo (in memorian) Richad Wurmbrand, fundador da Missão A Voz dos Mártires, sofreu num cárcere comunista, na Romênia, durante catorze anos. Lá ele experimentou toda espécie de tortura e sofrimento. No entanto, como prova do seu grande amor, em um de seus artigos, ele escreveu: "Quem não ama a seus inimigos, não é cristão. Porém, amamos tanto àqueles que nos amargam a vida, quanto a noiva apaixonada ama seu noivo? Se não, o nosso amor é deficiente".



Em um outro texto, continuou: "Ser traído ou ferido por alguém é um desafio, uma chamada de Deus para nós. A pessoa que faz injustiça par nós, foi mandada por Deus, para nos preocuparmos com a salvação de sua alma".

Já o cristão soviético, Cherew, que passou vinte anos na prisão por amor a Deus, escreveu: "Nesse lugar aprendi a mar meus torturadores a tal ponto como um noivo ama a sua noiva.



Esses são apenas alguns dos inúmeros exemplos de pessoas que assumiram o compromisso de amar aos inimigos. Mas o maior de todos os exemplos foi demonstrado por Jesus. Ele, mesmo sendo Deus, não obstante ser o criador do mundo, embora fosse continuamente glorificado nos céus pelos anjos, ainda assim ele se dispôs a vir a este mundo de caos. E aqui, muito mais do que se humilhar, ele morreu numa vergonhosa cruz. E isso ele fez por amar demais às nossas vidas.



Enquanto aqui esteve, Cristo ensinou aos seus discípulos como deveriam agir diante dos inimigos: "Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses" (Lc. 6:27-29). Na antiga aliança, o mandamento também era esse: "Se encontrares o boi do teu inimigo, ou o seu jumento, desgarrado, sem falta lho reconduzirás. Se vires o jumento, daquele que te odeia, caído debaixo da sua carga, deixarás pois de ajudá-lo? Certamente o ajudarás a levantá-lo" (Êx. 23:4, 5). Salomão, um dos homens mais sábios de toda a história, nos incentivou a fazer exatamente isto: "Quando cair o teu inimigo, não te alegres, nem se regozije o teu coração quando ele tropeçar...



Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se tiver sede, dá-lhe água para beber; porque assim lhe amontoarás brasas sobre a cabeça; e o Senhor to retribuirá" (Pv. 24: 17; 25:21, 22). O mesmo ensinou o apóstolo Paulo: "Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça" (Rm. 12:20)



Sim, a melhor forma de tratarmos àqueles que nos desejam o mal, não é revidando, não é fazendo também o mal, mas amando-os, amando-os de todo o coração. Quando nos dispomos a amá-los, quando adquirimos uma profunda compaixão pela vida dos nossos inimigos, algo maravilhoso e inexplicável acontece ao coração deles, que não conseguem resistir por muito tempo ao nosso amor. É assim que devemos derrotar aos nossos inimigos.


Autor: Jaime Nunes Mendes

Fonte: Melodia - www.melodia.com.br

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