quarta-feira, 30 de junho de 2010

Deus não é religioso e nem é religião!!

A palavra religião significa religar o homem a Deus. Neste contexto, Jesus seria a "religião universal", pois Ele é o único caminho. Só Ele tem o poder de levar o homem novamente a Deus (Jo 14:6), embora muitas "religiões" prometam isso por caminhos tão diferentes. Em si, nada há de errado com a palavra religião. Entretanto, dá-se a ela a mesma conotação de religiosidade, que é a prática metódica de todos os ritos de uma cerimônia religiosa ou dos preceitos de determinada religião, muitas vezes sem saber o significado deles. Quando afirmamos que a nossa fé não é uma religião, e sim um relacionamento com Deus, estamos dizendo que não estamos "engessados" por estereótipos de qualquer natureza que seja. Somos livres diante de Deus.



As nossas manifestações de amor e de adoração ao Senhor não são preestabelecidas, e não temos um "compêndio" para nos ensinar a relacionar com o Senhor. A religiosidade fecha as pessoas em celas de frieza espiritual e as torna totalmente aprisionadas por grades de metodismo. Os "religiosos" se prendem tanto a regras e "leis" que se esquecem de que Deus não habita em templos construídos por homens (Atos 17:24). Muitos dos que procuram cumprir todos os rituais, obedecer todas as leis e realizar grandes obras fazem muito mais para dar uma satisfação a si mesmos e à comunidade do que para agradar a Deus. Não que sejam falsos, mas o sistema que escolheram ou que lhes foi imposto é que não é verdadeiro.



O Senhor requer o nosso coração, e não as nossas ações, as quais, sem a intensidade do Espírito, não têm nenhum valor para Ele (Ef 2:8; Jo 4:24).



Somos ensinados a andar em novidade de vida e de espírito ( Rm 6:4; 7:6). Mas o que vem a ser essa "novidade"? Primeiramente, vamos relembrar o significado dessa palavra. Novidade expressa qualidade ou caráter de novo, originalidade, singularidade.



Que coisa linda! Nosso Pai deseja que vivamos com originalidade, com criatividade.



Assim como as paisagens mudam para um viajante, assim deve ser a nossa vida diante de Deus. Não somos uma pintura, algo estático, fomos criados pelo Autor da vida. Herdamos dEle a capacidade para criar, para inovar. Um dia nunca é igual ao outro; por que, então, viver lamentando, murmurando, maldizendo a sorte? A nossa sorte é o Senhor! (I Pe 1:21.) Acaso amaldiçoaríamos o nosso Deus? Ainda que o choro dure toda a noite, a alegria vem ao amanhecer (Sl 30:5). Vivemos por fé (Hb 10:38), não por circunstâncias. Que tipo de vida temos apresentado ao Senhor? Ao chegarmos diante dEle, estamos oferecendo nossas vidas como ofertas novas ou bolorentas? A vida é um presente de Deus, cuide dela com carinho. Não deixe que a "poeira" do desânimo, da ingratidão, da incredulidade e da revolta tire o brilho que o próprio Criador imprimiu nela. Viva com prazer, permitindo-se experimentar essa novidade que Deus nos dá a cada amanhecer. Olhe-se no espelho, sorria, diga bom dia para você, para a vida. Agradeça a Deus porque Ele fez um dia especialmente para você viver e desfrutar as bênçãos que Ele mesmo lhe preparou com tanto amor. Nem sempre temos dias de sol, mas mesmo em meio a tempestades, temos a segurança de que Aquele que pode acalmar ventos e parar tormentas jamais nos abandonará. É melhor enfrentar a fúria do mar com o Senhor do que permanecer em "terra firme" sem Ele. A vida com Jesus é uma fantástica aventura, que deve ser aproveitada em cada trilha, cada caminho; em todas as situações e em todos os momentos. Viva em novidade de vida; Cristo em nós é a esperança da glória. E não existe novidade maior do que a glória que nos está preparando o Senhor, porque "como está escrito: 'Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam'" (I Co 2:9).



Viver em novidade de espírito é também um desafio maravilhoso. Quando nascemos de novo, nascemos no espírito, e a nossa relação com Deus é restaurada. Ficamos felizes e até ensaiamos alguns vôos. Alguns conseguem sair do chão e alçar vôos de águia, enquanto outros permanecem "ciscando" migalhas. Mas o Senhor disse "novidade de espírito", e ninguém pode buscar algo novo se não levantar os olhos para ver além dos montes. Se você tem andado cabisbaixo, eleve agora os seus olhos e contemple a glória de Deus. Não estou falando de alguma coisa inatingível, mas do amor do Pai, que nos concedeu Seu próprio Espírito para que jamais nos sintamos desamparados (Jo 14:26).



Andar em novidade de espírito é exatamente o oposto de ser religioso. A religiosidade prende o espírito numa forma preestabelecida, sem movimento, sem vida. A novidade de espírito que nos propõe o Evangelho é o andar na presença de Deus durante todo o caminho. Esse andar está relacionado com aprender, aceitar e praticar a Palavra de Deus. É a Bíblia que nos faz conhecer a Deus e à Sua vontade. Só seremos íntimos de Deus quando tivermos intimidade com a Sua Palavra. É preciso gastar tempo com o Senhor e aprender a ouvi-Lo para que o nosso espírito fique alinhado com o Espírito Santo, e assim caminhemos realmente em novidade de espírito.



Deus não é religioso. Ele é vida, é poder em ação. Tenha a Palavra de Deus como o seu alimento genuíno e desenvolva uma vida de intimidade com o Pai. Assim, você caminhará em novidade de vida e de espírito e será uma fonte a jorrar a água viva que flui do Trono de Deus.

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