sexta-feira, 18 de junho de 2010

O GRANDE MANDAMENTO

O grande mandamento do Senhor Jesus se resume em uma única palavra: A M O R. Teoricamente, é algo simples e fácil de se aplicar, então vamos meditar na profundidade do mais sublime dos sentimentos, o qual, lamentavelmente, é um afeto em extrinção, mas brotando no coração do homem, é a solução para todas as situações, mesmo as que parecem impossíveis aos olhos humanos.

Um doutor da lei interrogou a Jesus, para experimentá-lo, dizendo: Mestre, qual é o grande mandamento da lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mateus 22.35 a 39).

Vamos apreciar o primeiro grande mandamento do Senhor Jesus: Amar a Deus acima de todas as coisas, de coração, alma e pensamento, não se consolida com palavras, mas com obras, testemunhos, exemplos de bondade, e fidelidade. É indispensável guardar os seus mandamentos que não são pesados e aperfeiçoar a sua vontade.
Amar a Deus acima de todas as coisas é subjugar os desejos da carne, os quais são tendenciosos ao pecado, ter o coração simples e humildade como o coração de uma criança, renunciar as coisas deste mundo e dar graças por tudo. A revelação desse amor é manifestada pela fé, adoração, submissão e principalmente obediência.
Na tentação do deserto (Mateus 4.10), quando satanás propôs ao senhor Jesus a adoração pelo reino deste mundo, Jesus o repreendeu e enfatizou que, o fim da lei é a obediência e somente ao Senhor Deus odorarás e só a Ele servirás, porque é o único digno de louvor, honra e glória
O acatamento aos mandamentos do Senhor Jesus em amar a Deus acima de todas as coisas, condena todas as formas de idolatria, crença e adoração a outros deuses. Amar a Deus é crer e esperar somente Nele; e, para que não ficamos esperando por deuses feitos por mãos de homens, o Senhor Deus, ofereceu em sacrifício, o seu próprio Filho como único mediador de uma Nova Aliança, entre a criatura e o Supremo Criador (I Timóteo 2.5).
E no livro de Isaias 42.8, o próprio Deus exortou dizendo: Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura.
E o segundogrande mandamento do Senhor Jesus é semelhante ao primeiro: Amar ao próximo como a si mesmo. O que significa, e como praticar o amor ao próximo? Muitos pastores, quando pregam sobre o amor ao próximo, dizem: Olhe para o irmão que está ao seu lado, lhe dê um abraço e diga que o ama.
Irmãos, isso não é demonstração de amor, aliás, recomendamos a não participar desse feito, porque isso é uma expressão de hipocrisia. Para amarmos ao próximo, precisamos primeiramente, ter amor próprio, porque quem não ama a si mesmo, não sabe amar a ninguém.
E o que é amar a si mesmo? Amar a si mesmo é se conscientizar que temos um espírito que é imortal e que a vida não se resume ao descermos no sepulcro. Aliás, ali começa uma nova fase da vida, porem, em outras dimensões, porque os salvos, irão para o seio de Abraão, que é o Paraíso do Senhor e os outros para o hades (quer dizer inferno); até a vinda do Senhor Jesus para julgar os vivos e os mortos.
Amar a si mesmo é renunciar o pecado, arrepender-se das más obras, converter-se ao infinito amor do Senhor Jesus, nascer de novo e ser uma nova criatura lavada e remida pelo sangue de Cristo. Tomar a sua cruz e viver na fé do Filho de Deus, o qual nos amou e se entregou a si mesmo em sacrifício para nos remir do pecado. Viver em humildade e singeleza de coração.
Amar a si mesmo é sentir o desejo de fazer a vontade do Pai, edificar uma morada para o espírito que é imortal, alcançar a santidade para a salvação junto a Jesus Cristo e aos seus santos anjos, para viver eternamente num lugar onde não haverá mais morte, nem pranto, nem dor, e nem clamor.
É oportuno enfatizar que, a grande preocupação do homem hoje é com a saúde e o bem estar do corpo físico, a obsessão pela estética e a aparência exterior, esquecendo-se de valorizar o bem maior, o espírito, o qual viverá eternamente. E a palavra do Senhor alerta que o mundo e a sua devassidão passam; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
Agora que já aprendemos um pouco sobre o amor próprio, vamos aprofundar na ordenança do Senhor Jesus sobre amar ao próximo, como a si mesmo, sobre o qual, advertiu Jesus em todos os livros do Novo Testamento.
Amar ao próximo, é amar os vossos inimigos, é bendizer os que vos maldizem, fazer bem aos que vos odeiam e orar pelos que vos maltratam e vos perseguem (Mateus 5.44).
Jesus destacou muitos exemplos de amor ao próximo na escritura, e deixou o maior testemunho de amor em si mesmo, para que o imitamos em sua perfeição, e recomendou: O meu mandamento é este: Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei também. E como Jesus nos amou, senão oferecendo-se a si mesmo em sacrifício vivo para apagar os nossos pecados?
Esse é o maior exemplo de amor ao próximo, se necessário, oferecer a sua própria vida pelo seu irmão. Assim, também confirmou no Sermão da Montanha (Mateus 25.31 a 46), quando vier na sua glória com os seus santos anjos, para o julgamento dos povos, e todas as nações diante dele, separará as suas ovelhas para a direita, mas os bodes ficarão a esquerda, e dirá o Rei para as suas ovelhas:
Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, me visitastes; preso, fostes me ver.
Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou nu, ou forasteiro ou enfermo ou preso e te servimos?
O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um dos meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
E dirá também o Rei aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes me ver.
E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te servimos? Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, quando não fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim também não o fizestes. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.
Portanto amados, amar ao próximo como a si mesmo, não se faz só com palavras ou pequenos gestos de simpatia. Amar ao próximo é reconhecer que assim como nós, ele sente a mesma fome, a mesma dor, o mesmo frio, as mesmas emoções e necessidades, e devemos compartilhar nessas obrigações. Porque amar ao próximo é coisa agradável aos olhos de Deus, porque é o grande mandamento do Senhor Jesus.
Aprecie a profundidade do grande mandamento do Senhor Jesus, sobre o amor ao próximo que é a caridade. Assim descreve a palavra de Deus no Capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios: Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.
É indispensável considerar a essência do mandamento amor ao próximo como caridade, eis que, na carta aos Hebreus 11.6, a palavra afirma que sem fé é impossível agradar a Deus, e em I Coríntios 13.13 a palavra destaca: Agora, pois, permanece a fé, a esperança e a caridade, estas três, masa maior destas é a caridade.
A palavra de Deus, à luz do Evangelho de Cristo, não deixa desconfiança quanto à grandeza da caridade pela sua superioridade até mesmo sobre a fé, porque é pelo dom da FÉ, que por Deus nos é concedido, que acolhemos os seus mandamentos e dedicamos fazer a sua vontade, e se não fosse assim, a palavra na carta universal do apóstolo Tiago 2.14 a 26, seria um contraditório, a qual assegura com exatidão que a FÉ sem obra é morta em si mesma.
E conclui a palavra do Senhor na carta aos Gálatas 5.14, certificando que: Toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

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